terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Por falar em mudança!


Por falar em mudança! Hoje, no âmbito da disciplina de Novas Tecnologias, tive o privilégio de ir visitar o Espaço Leonel Moura Arte, assim como o atelier do próprio.


A sua abordagem da arte, deixou-me bastante empolgado, no sentido em que ele concebe um novo conceito, um novo sentido para a arte. A arte tal como a concebemos até hoje, morreu definitivamente, o que foi tanta vez declarado ao longo de todo o século passado é agora um facto (segundo a visão do artista)! Pois Leonel Moura, fez com que os meios de produção artística se alterassem. A arte pode agora ser realizada sem a mão do artista, mas sim, realizada por robots, dotados de uma intiligencia artificial, que lhes permite, realizar, desde pinturas a poemas. Perante a obra deste artista questionamos-nos! As máquinas podem fazer arte (legítima)? Onde fica a expressão pessoal?...


Em todo o caso, gostei imenso da postura do artista, da sua arte, e sobretudo dos novos caminhos que a sua abordágem abre á arte.

2 comentários:

Pedro Xavier disse...

Olha então uma combinação de artes digitais e... ovelhas!

http://www.youtube.com/watch?v=D2FX9rviEhw

LOL

one more disse...

Penso não ser na expressão humana (no sentido literal da palavra), que se encontra o possível problema; vejo-o mais patente na desqualificação da arte. Apesar dos trabalho de Leonel Moura parecerem algo de avançado e inovador pela sua tecnologia e afins e nos divertirem por a sua singularidade, com uma melhor leitura vejo-o no sentido dos robôs terem conquistado a possibilidade de produção artística igual ao pedaço de pano de Santo Estêvão que continha “miraculosamente” a imagem de Cristo impressa e do qual as pessoas veneravam. Nesse mesmo tempo ocorria uma grande descontinuidade entre a prática artística para a era da arte que definida por Vasari se iniciou, uma vez que o conceito de artista não fazia parte da explicação das imagens devotas e sim trabalho e conhecimento do homem.
Vejo assim o trabalho de Moura como algo quase não artístico, por a sua posição ser algo com uma posição “anterior à arte”, vejo o seu trabalho como algo entre o devoto e miraculoso, desta não por algo celestial mas neste caso robótico.