Por falar em mudança!

Por falar em mudança! Hoje, no âmbito da disciplina de Novas Tecnologias, tive o privilégio de ir visitar o Espaço Leonel Moura Arte, assim como o atelier do próprio.

A sua abordagem da arte, deixou-me bastante empolgado, no sentido em que ele concebe um novo conceito, um novo sentido para a arte. A arte tal como a concebemos até hoje, morreu definitivamente, o que foi tanta vez declarado ao longo de todo o século passado é agora um facto (segundo a visão do artista)! Pois Leonel Moura, fez com que os meios de produção artística se alterassem. A arte pode agora ser realizada sem a mão do artista, mas sim, realizada por robots, dotados de uma intiligencia artificial, que lhes permite, realizar, desde pinturas a poemas. Perante a obra deste artista questionamos-nos! As máquinas podem fazer arte (legítima)? Onde fica a expressão pessoal?...

Em todo o caso, gostei imenso da postura do artista, da sua arte, e sobretudo dos novos caminhos que a sua abordágem abre á arte.

Tempo de Mudança!?

Encontro-me estagnado! Bloquedo! Pretendo continuar o meu projecto "Rebanhos", no entanto, quero deixar para trás, a "cara de ovelha", elemento aglutinador de todo o meu projecto "rebanho" e "sub-rebanhos"!
Acabo sempre por caír nesta figuração. É preciso dar outro rumo ao "rebanho"! Continuar a falar da mesma coisa, mas sem recorrer á este elemento de carácter irónico e que funciona simultâneamente como elemento unificador do "rebanho".

Ovelhas na Expo B133

Actualmente, parte dos "sub-rebanhos", descritos nas postagens anteriores, encontram-se expostos, na Exposição de Finalistas B133, que decorre actualmente no espaço da LX Factory.

Terei todo o gosto em apresentar o meu projecto aos interessados. Apareçam!

"Sub-rebanho Barbies"

O próximo objecto ... diz tudo por si só!

"Sub-rebanho V.I.P."

Posteriormente, realizei a minha própria versão da revista Caras. Peguei numa edição da revista, e fiz uma série de recortes e colágens.

Qual o melhor suporte para falar de V.I.P.'s? As revistas de fófóca, é claro!

"Sub-rebanho Punks"

"Sub-rebanho Punks"

Para a realização do projecto relativo a este "sub-rebanho", utilizei discos vinis, da banda que foi fundadora do movimento punk, Sex Pistols, os quais desenhei com a ajuda de alfinetes e chinos (objectos também estes associados aos punks), e pins nos quais foram impressos montagens realizadas por mim.

"Sub-rebanho Fiéis"

Palavras para quê?

Performance no Espaço Público

Na continuação, do projecto relativo ao "Sub-rebanho Homeless", realizei uma performance no espaço público, da qual resultou uma série de objectos, produzidos para eu me poder mascarar em "ovelha homeless", pois a performance consistia em eu me fazer passar por "ovelha homeless", para tal passei parte do dia e noite, representando a vida de um homeless, pelas ruas da cidade de tomar.

"Sub-rebanho Homeless"

Iniciei, com o "sub-rebanho" dos Homeless, e utilizei papel jornal, cartão, sacos de plástico como suporte para a representação destes.

"Sub-rebanhos"

Ao aperceber-me, de que, por muito que tentasse, acabava sempre por fazer parte de um "sub-rebanho".

As ovelhas que tentam contrariar o "rebanho (no seu todo)", não querendo fazer parte dele, acabam por fazer parte de um "rebanho" ou "sub-rebanho", com as suas características e comportamentos próprios.

A partir deste momento, comecei então a debrussar o meu estudo e trabalho sobre estes "sub-rebanhos", utilizando suportes e técnicas especifícas destes sub rebanhos.

Eu não sou uma ovelha?! Não faço parte de nenhum rebanho?!

Inicialmente, assumia-me como um paradoxo relativamente ao resto do "rebanho", o que me colocava numa condição de Xaman. Só à postrióri é que me apercebi que por muito que tentasse não pertencer ao rebanho, acabava sempre por pertencer de uma maneira ou de outra, ao rebanho, ou a um sub-rebanho.

Projecto Rebanhos

O projecto que tenho vindo a desenvolver, neste último ano e meio, dois anos, está estritamente ligado á questão colocada anteriormentesobre os "Rebanhos"!?

A vida contemporânea coloca os indivíduos perante o paradoxo da igualdade e o desejo de marcar a diferença. Este desejo de afirmação de um estilo de vida acentua uma aparente contradição entre a individualidade e a sua afirmação ou aceitação no global.

A estratificação das sociedades e a sua análise e estudo pelas ciências sociais, evidenciam e confrontam os seus agentes com a ideia de rebanho. A marcação de um indivíduo numa sociedade só pode ser feita pela aceitação dos seus pares, o que obrigatoriamente conduz a uma espécie de miscigenação de posturas e comportamentos.

Partindo de uma análise de carácter Antropológico e Sociológico desenvolvi um conjunto de objectos onde confronto elementos definidores de determinado grupo social com um elemento de carácter irónico - o retrato, que funciona como elemento aglutinador do rebanho.

Ovelha Tomééé...!

Eu apresento-me como Ovelha Tomééé...! Oriunda das pradarias verdejantes de Leiria. Não sendo as pradarias leirienses o meu pasto de eleição, gosto de percorrer o mundo em busca de novos pastos e horizontes.

Nos tempos que correm, ou seja, a contemporâniedade coloca-nos perante um enorme paradoxo com o qual me debato constantemente, se por um lado somos todos iguais, fazendo todos parte de um grande rebanho, temos também todos um enorme desejo de marcar a diferença, distinguir-se do resto do rebanho.

Desta forma, encontro-me de momento a pastar nas pradarias da capital lusa em busca de respostas para as minhas questões e problemas, para justamente marcar a diferença, tornar-me numa ovelha de outra cor que não o branco, e porque não mesmo o pastor?!